"PoLiTiCaMeNTe iNCoRReTa!!"

domingo, 11 de dezembro de 2011

A BíBLia

Hoje é dia da bíblia. De todos os livros que já li e que pretendo ler, a bíblia certamente é e será o mais belo. A despeito de tudo que falam sobre suas histórias e de suas contradições milenares, a palavra da salvação, da cruz, o evangelho puro, simples e genuíno, fez de mim uma pessoa melhor que certamente eu seria se jamais o tivesse conhecido. Agradeço por ter permitido que eu conhecesse Jesus através dos evangelhos e por ter me ensinado tantas coisas sobre caráter, sobre como proceder, sobre como viver bem e em paz. A bíblia é para mim preciosa, e independente de quaisquer fatores da minha vida, ela terá crédito. Sempre. Nunca esqueço uma história contada por um antigo amigo, Josué Vilela, que na ocasião era meu líder num grupo de louvor, e contava que estava curiando os hábitos de sua vó. Ele estava em seu quarto e a vovó na sala lendo a bíblia, como fazia toda noite. Josué olhou pela fechadura da porta e viu ela terminar a sua leitura... Ela fechou a bíblia, acariciou sua capa, abraçou-a com força contra o peito e beijou, dizendo: - Minha bíblia, minha biblinha... Essa história me marcou, e eu jamais a esquecerei. Deve ter no mínimo 17 anos que eu a escutei, e a face dessa senhora, que eu não me lembro mais, não sai da minha cabeça... apaixonada, agradecida e encantada com a bíblia. Só quem conversou com a bíblia e teve momentos de intimidade com ela conhece seu valor. Isso é loucura para quem é cético e considera a bíblia um livro tosco e inútil, mas pra quem teve a doce experiência de conhecer Jesus e toda a sua verdade através dela, é o livro mais precioso que pode se ter em mãos... Obrigada pela bíblia, Senhor. Obrigada.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PoSTuMiDaDeS

O relógio marcava 10:14. Hora exata em que ficaria mais velha. E como se apertasse um botão de turbo, tomou decisões pra vida inteira. Os 23 anos passados, no passado ficaram instantaneamente, aquela de 10:15, já era outra. E decidiu uma série de obscuridades sobre si mesma, sobre as pessoas ao seu redor e sobre a forma marmorizada que daqui pra frente, levaria a vida. Decidiu de súbito suspender a doçura, aquele afeto que dispensava às pessoas, daria lugar à indiferença, era tudo que podia fazer para preservar-se do sofrimento que outrora a abatera. Não mais canções de amor, de afeto ou amizade, não mais o torpor de viver as grandes paixões como se fossem únicas, descobrira que não eram, e que a cada esquina, uma paixão a aguardava. Sentia-se enganada por ter reservado tanto bem querer pra uma ou duas pessoas apenas. Não era mais necessário. Não era assim que ela viveria agora. Aquelas músicas com letras marcantes e ritmo sincopado, cheias de sincronia com a vida e com as almas que amara, não mais seriam trilhas sonoras... dos momentos, dos sorrisos, de cada instante. Sim, sua vida era permeada pela musicalidade... Uma nota em cada emoção que, avassaladoramente, incendiava suas paixões. Decretara agora um silêncio fúnebre, gélido e ameaçador. De 10:15 em diante, não haveria tantos gestos de amor, não haveria aquela admiração e as frivolidades românticas que permearam seu dia a dia. Metamorficamente, implodiu o eu lírico, erguendo num ímpeto de força e senhorio de si, uma verdade irrefutável, pensada dentro dela, crida por ela e executada sem autocomiseração. E nasce as 10:15 uma outra mulher... Pálida, fria, desgastada de tanta emoção. Morre dentro dela uma dinastia de tantas paixões, entrega, abnegação. Há quem prefira aquela de 10:13 para trás, mas a dona das preferências mudara o tom, e não mais seria dominada pelos seus próprio ais. 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ScarpiN de DaNieLa


O sonho dela era usar scarpin
Fosse feio ou bonito fosse,
O que ela queria, era andar de scarpin
E se fosse vermelho
de sangue seria
como a cor da su'alma
calada em histeria.
Quiçá fosse preto
qual mistério que esconde os olhos
displicentes atrás dos cabelos
enlutados e um tanto inglórios.
E se a prata banhasse esse feito
Para trazer-lhe aos pés uma lua
que grandiosa deitou em seu peito
purpurinando sua estrada nua?
Deixai-a livre pra usar scarpins
Para olhar seu planeta de lá
Na nobreza do seu sangue azul
sol de azul e azul cor de mar.
Lá tem música assim, cor de blues
E uma pele aquecida pra essa moça calçar...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

No PuLSo

Foi aquele pedaço. Sim. Eu havia separado pra você. Reservei a pulsação pra escrever você. Separei a vida, com sua latência e todo sangue. Eram minhas veias pra você correr. Reservei a parte de dentro, de dentro da alma, uma parte inteira que é em amplitude, tua, desde o momento solene em que te respirei e senti todas as sensações que jamais se apartariam de mim.  Eu separei pra você um pedaço todo em mim, e quando você não está, sou inteira a ausência tua.

sábado, 19 de novembro de 2011

FiXe QuiMeRa

E fique. 
Fixe-se nas idéias idiotas de que 
não era mesmo um pedaço que fosse. 
Porque nem isso era. 
E cá agora, entre tantos semi fins, 
disparo pensando no que era e pra que fim existira nessa realidade insólita. 
Fique assim, nua. 
Da mesma forma que chegou. 
Um tanto quanto mais nua. 
Despida em verdades inteiras. 
Fixe-se mais, importando-se tanto e se esquecendo um pouco mais. 
Afinal, pra que lembrar de quem esquece de si,
Deixando-se mais ainda por aquilo que num minuto, apraz?
Compraz? 
O que lhe aprazia não era bem o prazer do algoz 
De oco e vazio. De um pedaço e sem mais. 
Não era mesmo de se admirar. 
Era um fix que não fixava. 
Foi um fique que nunca ficava. 
E pior que ficava, sem fix, atava. 
Ficava livre e livre ficava. 
Impregnava.
De um modo quase atroz. 
Fazendo da alheia vida um solitário desejo de ter, ser e ficar. 
Ludibriando covardemente o brutal desejo de se ser o que não se era, 
de haver o que não houvera e de perder-se, 
conscientemente, em nome dessa suave quimera.

sábado, 8 de outubro de 2011

FaLTaNDo uM PeDaÇo

Era uma parte um pedaço só... Aquele pedacinho de amor, de um amor diferente, de um amor bem descrente.Era aquele fragmento de dor. Da dor de não ter, de não poder, de não ser. Uma dor sem doer. Nada mais é. É só um oco pequeno. Que reverbera aquela pele, aquele cheiro.Um oco comprido, que dispersa aquele jeito seu de me tocar, que repete na cutis do peito seu nome, seu peso, e as pontas dos seus dedos insistindo em não me tocar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ReTiCeNTe

Preferiria ser uma nota de roda pé,uma aba de referências ou apenas um número acima de uma palavra qualquer,a ser esse livro desimportante, cheio de assuntos pelos quais ninguém se interessa.O fardo de me carregar, de carregar quem eu sou, de ser um fonte inesgotável de dissabor me é muito pesado...Incompleta.Um pedaço de uma coisa qualquer que arde e incomoda.

sábado, 3 de setembro de 2011

iLeGaiS

No contratempo de um tempo que não tiquetaqueava mais... Como se possível fosse, o tempo houvera parado.  Ao contrário dos desejos das velhas plastificadas, em nada me agradava a sua face estática. E em conflito com as Leis de Newton, o estático movia-se em absurdas e vaporosas atividades de feromônios, suscitando reações indizíveis em corpos aparentemente em repouso. Ilegais. E do tal equilíbrio, dizer o quê?  Se todas as partes de um sistema em equilíbrio também estão em equilíbrio, como pode este corpo precipitar-se ao seu, tal qual moeda atirada em poço de desejo? Como pode este corpo clamar-me furiosamente em suntuosa difusão turbulenta? Inevitável colisão! E todos estes anseios se atraíram àqueles desejos numa energia luminosa, compelindo-nos ao choque, que excita e desprende todos os elétrons, misturando os pêlos,  suores,  os fluídos e os sentidos,  numa mecânica ondulatória pouco suave, de propagação e absorção, implosão e explosão. Inúmeros fenômenos de exaustão e corpos rendidos numa química insana, conhecida popularmente como paixão, há quem diga -  tesão.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ele MeNTe

Era pra ser uma aventura, mas a sede pelo improvável e ganância pelo desconhecido, dilacerou o que já era fato. E de tão perdido nos seus labirintos de indecisão, emaranhava em nós apertados, quase cegos, a vida pacata dos desavisados que transitavam em seu caminho torpe. Ele mentia subversivamente. Malabarizava os desatentos, divertia-se com as bolas encaçapadas. Enquanto um ia, outro voltava, outro ainda, seguia. Ele não sabia o quanto era só, e só pensava em desfrutar as premissas das almas encantadas, que por ele viviam, e por ele morriam.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Acho digno que pessoas que não acrescentam nada na nossa vida,
que sugam e ressecam, desidratam e enrugam nossa cútis,
que embranquecem nossos cabelos e deterioram nossos sorrisos...
... Acho muito digno e necessário que SUMAM e DESAPAREÇAM pra sempre.
Não nos aprisionem em suas misérias.
Não nos prendam em seu egoísmo.
Não nos corroam com sua mediocridade.
É o mínimo que fazem, pelo mal feito já feito
.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Uma Quase Poesia para Daniela

Há nela um coração inquieto
Feito rabiola de pipa
Feito bola de sabão
É dela aquela sede do mundo
aquele cheiro de fruta
e toda persuasão
E como toda sereia que canta
E atrai o distraído pescador
Ela canta pra sorver a vida
Pra encantar o amor
E quando explodem em mar os olhos
Há ondas de letras, de harmonia e canção
É para ver se os nós se desatam
É para desanuviar o coração
Bebe a vida, Danne
Pra desentalar do nó
Seja a vida que encanta o mundo
quando você canta o seu mundo em dó!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

EuMesQuiFiZ

Então.. Quem tem amigos tem tudo né.. (NOT)
Pedi pra Daniela, do Notas da Dani minha amigona do peito, fazer o banner do meu blog, ela não fez. Pedi pra o Rafael Gustavo meu brotherzão, fazer o banner do meu blog, depois de 28 dias ele fez um lá, que ficou legal, mas não achei minha cara... Pedi de novo e nada, mandei mensagem melodramática pra Dany, ameacei o Rafael, e vejam só... Tive que começar a aprender o PhotoShop.. Na verdade eu nunca tinha usado, e por bem ou por mal, quem está me ensinando, é o próprio que me enrolou 28 dias. Passo o dia inteiro perguntando pra ele sobre o uso das ferramentinhas... Ele, sempre muito doce, (mentira), me ensina com muito carinho, me chamando pelos nomes mais carinhosos que ozouvidozumanos já escutaram.. Dentre eles, "sua burra", "sua anta", "você precisa aprender a pensar", "você é retardada", enfim, um caminhão lotado de afeição.. Ele é assim.. Sua natureza é muito benevolente! E eu agradeço! Então.. Essa é minha primeira 'coisa' do photoshop. E como eu sou metiaaada demais, eu coloquei logo foi para ser banner... Mas esperem por mais.. Ainda ficarei boa nisso!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

AmY

Senti muito. Muito mesmo. Faz um bom tempo que eu curtia Amy... Sou cantora e um cantor sempre se apaixona por outro que tem um timbre de voz totalmente diferenciado e uma riqueza musical avassaladora.. Assim era AmY pra mim. A voz dela me lembrava o estilo de outra querida, a Janis Joplin, que coincidentemente se foi ao 27 anos pelos mesmos meios de transportes que a Amy e Elis Regina. Todas essas são cantoras excepcionais. São as que considero mais expressivas e inspiradoras. Elis, era uma intérprete que até hoje não vi igual. Ouvir Elis cantar e ver suas faces febris interpretando canções de abandono, é emocionante. Janis Joplin possui uma voz tão única que não é fácil descrever o que sinto quando escuto. Os harmônicos que ela produz em cada berro são arrepiantes! E Amy... Ah! Amy!!!  Seu material  autoral é bem rico, apesar de pequeno, e seu timbre de voz muito peculiar. Como amadora cantora que sou, e apaixonada profissional  pela música, sinto muito a perda desses artistas. Quem acompanhava a carreira da Amy, previa facilmente seu fim.. E eu sempre dizia: "essa aí termina igual a Janis"... E lamento tanto que tenha sido assim, mas a gente faz nosso próprio caminho. A vida desregrada e sem limites tras consequências, e entre elas, acredito que o vazio é o mais insuperável. Apesar da riqueza e da fama, Amy ainda sentia-se muito triste. Suas canções só falam de traumas, angústias, de perdas e abandono! Só Deus que conhece o profundo do coração do homem, sabe quais as mazelas que Amy carregava dentro de si. Sim. Eu a considero uma Diva, mas não a tenho como exemplo de vida. Drogas e bebida nunca foram uma combinação adequada, não poderia dar boa coisa. Meu desejo era que ela fosse mais temperada, como a Joss Stone, que também é uma diva pra mim e vive sua vida sem grandes excessos tóxicos. Amy sentiu falta de amores e mergulhou numa depressão e vazio, preenchido magica e momentaneamente pelos estimulantes, cocaína e sabe lá o que mais... Eu não admirava o modo de vida da Amy, mas consigo enxergá-la como uma pessoa qualquer, que pensa, que chora, que ama, que sente abandono, que sente saudade, que sente necessidade de vida... Mas ela não encontrou. A bíblia me diz que a boca fala daquilo que o coração está cheio, e AmY cantava toda a sua tristeza.. e mesmo se a música falasse de uma alegria qualquer, não havia na face de AmY uma centelha que fosse, de alegria. Então, AmY, vou sentir falta das harmonias que você não escreverá, vou sentir a maior saudade de ouvir a música que você nunca vai cantar... Vou sentir saudades quando não te ver nos Grammys de todos os anos  e nas premiações de música e talento. Vou sentir saudade de você não ter se tratado e se curado desses males que te envolveram até o fim. E a imagem que vou levar de você AmY, é a que levo das minhas outras divas... De um belo sorriso numa linda canção!


sexta-feira, 22 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

a GeNTe

Ela e eu..
Eu e ela..
Parece mentira, mas a vida da gente parece! Ou será pura coincidência a semelhança de todas as pessoas que apreciam arte, música, leitura e um bom papo na boemia? Mas não dá pra coincidir as mesmas incognitas, as mesmas aflições. Ou será que dá? Quanto mais a gente lê nossa música, menos entende a canção! É muita parecência, é muito carma de confusão. A gente quer emagrecer, a gente quer fazer academia. Mas quantos dias? A gente gosta de ler, a gente até tenta escrever, mas quantas linhas? A gente mora nos fundos dos pais, mas quem disse que a gente queria? A gente é feliz de vez em quando, mas isso é tudo que a gente merecia? Tá certo, a gente sabe que não merecia nem isso, mas a gente tem que se conformar com a desforma da vida? Não é ingratidão, pode ser até insatisfação, mas quem é que nunca acordou querendo ganhar o mundo e ser bem mais que essa pequena porção? É por isso que a gente canta, que a gente até sorrí, é por isso que a gente se encanta, escreve, faz rima ruim, é por isso que a gente articula, faz firula e se reboca de maquiagem.. É por isso que a gente bebe, que a gente comete excessos gastronômicos, é por isso que a gente comete excessos astronômicos... Para ostentar nosso vazio, para disfarçar nosso tempo frio. A gente é só a gente. A gente não é ninguém. A gente só quer viver e ser gente. Ser gente como no nosso meio, um monte de gente tem.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

DiLeMa

A música do Cazuza, Exagerado, fala assim:
"E por vc eu largo tudo, carreira, dinheiro, canudo, Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais."
Na música do Toque no altar, diz a mesma coisa, em outras palavras:
Abro mão dos meus sonhos
Abro mão dos meus planos
Abro mão da minha vida por Ti
Abro mão dos prazeres e das minhas vontades
Abro mão das riquezas por Ti
Estou apaixonado ..
Fico confusa: O Cazuza era crente ou o compositor do Toque no Altar é drogado pra fazer uma música tão mentirosa dessa? Porque eu duvido que ele abra mão, pra começar, do cachê  pra tocar nos eventos evangélicos, imagina abrir mão dessa carrada de coisa que ele menciona fantasiosamente. Tem coisas que realmente não consigo engolir.
Que me desculpe a nação alienadamente evangélica, mas ser fiel e ser Cristão não é engolir tudo que o um líder religioso vomita na sua boca. Questionar não é ser rebelde! Aliás, alguns líderes religiosos, de quaisquer religiões que sejam, querem mesmo é que você pense que questionar é pecado, mas não é. O questionador é sim, um risco ao líder religioso inescrupuloso! A verdade de Cristo, não é, necessariamente, a meia verdade e a verdade e meia pregada nos altares. E a verdade liberta, não aprisiona! Não escraviza!  Todas as canções, todas as pregações, devem ser questionadas e analisadas. Era assim que o povo de Beréia, (história da própria bíblia narrada em Atos 17:10-14) que diz: "Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." Se o povo de Beréia examinava e conferia o que Paulo, que cá entre nós, tem bem mais credibilidade que alguns líderes religiosos, porque você não examina? Porque você engole sem mastigar as coisas que te dizem? E o que é mais grave, essa cultura de pensamento pensado vai permeando todas as áreas da sua vida, e politicamente, socialmente e religiosamente, vai-se tornando uma marionete... Mas isso já é outro assunto. Enfim, atividade, queridos, atividade mental! Nunca é tarde para entender que pode haver muita distância entre o que Cristo pregou e o plano de salvação e entre o que estamos ouvindo nos púlpitos das igrejas! Ah! E só corrigindo.. Não! Eu não fico confusa, porque eu penso. Eu fico com nojo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mudei

Pessoal,
O Fantástico mundo mudou de endereço.. 
Agora estamos no http://annebaylor.com.br/ 
Quem me segue aqui, caí pra lá e obrigada por estar aqui nesses 5 anos de blog!


Super Beijo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Só MaiS uMa iSoLDa


Colocara os pertences de Isolda dentro da sua mala.  Ele, um andarilho sagaz! Pôr-do-sol após outro, condicionara Isolda a uma viagem que não desejava, de todo, ir. Partir não fazia parte dos seus planos. Deixar-se para trás não era bem a sua intenção, no entanto, Isolda aceitava, resignada, o destino que a acolhia, e seguia,  deixando nas areias da alma, os pés daquele que tomara de assalto seus sentidos. Sua estrada, antes de música e sons, tornou-se inanimada quando ao paralelo do desejo, cerrava-se a possibilidade dele. Vedou um pedaço bom, floreado por sorrisos, cores e sabores. Esse mesmo destino prendeu numa escuridão mirabolante, as sensações que Isolda não desperdiçaria em razão das ardências da sua alma, mesmo que fadada a implodir em si, e a sucumbir em toda e qualquer  lembrança da caminhada com o andarilho sagaz. Isolda era afetiva, apegada... Isolda era o puro calor. Isolda não se ressentia do andarilho, Isolda apenas não desejava partir. Mas as malas estavam prontas, ele mesmo as organizou. Como num plano infalível, organizara os sentimentos de Isolda, de forma que entendesse que devia partir, mesmo sem querer. E foi... Os primeiros passos da viagem eram dados pelo andarilho sagaz... Um cigano, quase! Um quase encantado! E seguia insossamente ao limbo. Era lá que permaneceria, longe do que a entorpecera ao longo dos sóis.  Um quê de pesar enevoava seus olhos negros e emoldurava suas interrogações com ocos petrificantes.  Envolta em seu silêncio caótico, voltava o melancólico olhar ao conjunto de pegadas, um após o outro, e tão rápido distraída, avistou ao longe a figura encantada desmistificando a perfeição dos amores impossíveis. Intrigava-se ao medir que deixara para trás um pedaço do todo de si... E se aceitava. E na distância dos horizontes vislumbrados, Isolda falava consigo, sentindo ainda o frescor  no pulmão, do último ar que rodeava o andarilho... e dizia como se houvesse mesmo um cigano perfumado ao seu lado: Na impossibilidade de acompanhar-te em teus destinos insólitos, carregarei ao infinito a querência  da paixão que arrebatou-me em suspiros e palpitação.  Bebi da porção em grandes goles.  E nessa floresta que haq hora me embebe, fazendo crescer uma raiz de morreção inaudita, me morro. Teus ramos desconhecem raízes, mas o poder dos séculos fará brotar um espinheiro verde, que se elevará  por toda vereda que seu pé tocar, três vezes o cortarão, mas três vezes ele voltará a crescer e essa paixão, nunca terá fim. Parto então.  Levo comigo tudo que foi seu em mim e o desejo insolente de ter-me perpetuado em ti.

sábado, 28 de maio de 2011

PoST SeM TíTuLo


Existe gente sem alma. Existe sim. Ou pelo menos gente que neutraliza a alma, porque não é possível. Existe gente que tem a língua afiada, que corta, que machuca. Existe gente que fala pra ferir. Especialmente pra ferir.  Gente que cala pra ferir. Eu ando com um medo assim, medo de ter que ficar assim! As pessoas, invariavelmente, vão machucar, mas.. a gente nunca está acostumado com isso. A gente nunca espera. A gente sou eu! Acontece um machucadinho, a gente quase nem sente dor, acontece outro e mais outro, e quando se vê, a gente se deixou ferir tanto... A gente sou eu! E o que é que vale mesmo a pena? Por quem vale a pena se deixar ferir, levando-se em consideração que feridas, em geral, não matam ninguém? As vezes me sinto um bicho meio estranho.. Acredito  no amor nas suas mais diversas formas, acredito na pureza total do sentimento e das sensações de alegria, paz e leveza que ele traduz, acredito nas pessoas e na aura de luz (nada místico), amor e alegria que enxergo ao redor delas... O que me aflige, desde o começo dessas linhas, é o seguinte: Porque eu tenho que mudar meu modo de ver as pessoas, a beleza delas? Porque tenho que endurecer para não ser alvo fácil? Porque eu tenho que me comportar de maneira pior do que a que realmente eu sou, como se não me importasse? Aviltar-me para me sentir segura e intocável no meio de tanta gente gelada? Porque eu tenho que parar de admirar o ser humano, parar de namorar os sorrisos, o modo de falar, o tamanho dos dedos, a linha da sobrancelha, o contorno das orelhas, o desenho do cabelo, as pintas e marcas do rosto, o formato da unhas, o tamanho dos pés? Por que?  É desleal. Surreal também! A aura que vejo em você nunca desaparece. Venero a beleza de cada pegada deixada nesse caminho. Desfaleço apenas ao sentir que deva deixar de olhá-la... A violência dos olhos e a urgência em agredir o sorriso, o olhar, afasta, aos poucos, os braços prontos pra o abraço.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PeDaÇo

Eu gosto de gente ... Gente que sente, que tem alma, que é viva. Gosto delas porque me vejo nelas.. Gosto de gente que sorri de verdade, com intensidade. Gente que sofre com todas as vísceras e que se entrega, permitindo molhar-se de chuva . Vejo muito de mim nessas pessoas e reconheço nelas, as minhas idiossincrasias. Me encanta quem vive o que prega, quem mergulha de cabeça, quem não mede os outros, quem não se limita. Aprendi, desde muito cedo, a aceitar a vida incondicionalmente. Aprendi a me caber apertada dentro das formas complexas que ela me dava. Era assim que ela se apresentava pra mim. Eu a recebia feliz, como um corpo, em amor, recebe outro. Me apego as pessoas que transitam nos meus caminhos e, nos meus espelhos, vejo apenas um transeunte desimportante. Em cada reflexo, uma sombra do nada, e ao longe, as pessoas. Em cada estirão de estrada, um vácuo de gente querida que passa e segue, sem olhar para trás, esquecendo desse ninguém que, ao longe, se apequena sozinho. Nunca esperei da vida nada especial, porque especial pra mim, era estar de perto de quem me fazia sentir viva, e a coroação das minhas histórias se davam no exato momento em que eu conseguia fazer qualquer um daqueles que eram queridos, sorrir e viver. Uma missão subliminar de fazer as pessoas se sentirem especiais... Tão subliminar que se sublimava em si. Inútil. Insossa. Dispensável. Na maioria das vezes as pessoas especiais aconteceram sem que eu procurasse por elas, e ao longo da trajetória, tatuei como presentes luminosos, cada instante que me deram. Guardei os perfumes, guardei as histórias, guardei os sorrisos, os suspiros, os espasmos, guardei os encontros, os desencontros, guardei o gosto, guardei os arrepios, as dores, guardei os amores. E cá estou eu. Cheia de marcas! Marcas de gente. E quem é que sente? Dores que não doem em mais ninguém. Quem me sente? Tudo é muito mais amplo do que se realmente fosse grande. Uma pessoa entre aspas.. Uma incompletude sem fim... Uma coisa inacabada quase caindo em danação, difamada e esquecida pelas suas próprias divagações...

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães

Parece que a palavra MÃE já vem recheada de todos essas carinhosidades e amorosidades que a gente tenta dizer e não consegue! A gente pensa em mãe, e é tanta coisa boa e linda que vem a cabeça. Pois a minha mãe merece um post. Sim. Tenho por minha mãe uma admiração indizível. Ela não é só uma mãe. É uma grande amiga, companheira e cúmplice.. É .. Ela é dessas mãezinhas pra frente sabe, descolada, moderninha. Vive zapeando no orkut e editando fotinhas corujas pra mandar prazamigas nos scraps animados. Ao longo de toda minha vida, vi como uma mulher pode ser leve, mesmo diante de todas as atrocidades que a vida pode interpor no caminho dela. Minha é dessas. Sempre carregou uma paz e uma leveza quase infantil, por onde passasse. O tempo parece que foi bem camarada com ela, pois cada vez que a vejo, vejo a mesma jovialidade que via quando tinha 7 anos de idade. Ela já trabalhou muito, ralou mesmo. Mamãe vendia marmitas na feira pra pagar minha faculdade, ensinou a gente a bordar panos de prato e fazia questão de participar dos nossos momentos. Aliás, ela faz isso até hoje. Mamãe sempre desafiou o mundo com um sorriso de vencedor. Ela não gritava, como eu grito, para conseguir o queria, ela encontrava nas suas maneiras suaves de conquistar tudo que desejava. Mãe, a senhora é uma guerreira. Um exemplo de vida, amor e paixão pela vida. Obrigada pelo carinho dispensado a nós todos nesses anos, e que a felicidade que a senhora desfruta hoje, seja sempre acrescida, e que eu possa, de alguma maneira, retribuir toda essa dedicação.

Te amo muito.

terça-feira, 3 de maio de 2011

MaiS Do MeSMo

A mesma.

Assim era a mesma vida dela.

Hoje, mais mesma que nunca.

Nunca tanto, a mesma.

E não era ruim.

Era suavemente a mesma.

Sem traumas.

Sem angústias.

E de tanto correr

cansara.

E sorrira pensando em si.

Na pessoa bela que morava lá dentro.

Na amante inconseqüente.

Na amiga e confidente.

Na veia intensa, na sua urgência.

Esvaziava-se em si e de si.

E em si, encontrara as maiores delícias da vida.

Como sempre.

domingo, 1 de maio de 2011

SoBRe o MeDo

Acredito que o medo seja o sentimento, evolutivamente falando, mais primário da história do homem. Mais primário até que o amor. No sentido de preservação da vida e possibilidade de transmissão de seus genes, o medo, certamente, é detentor do papel mais fundamental da vida: o de sobreviver. E por alguns momentos da vida, a gente se acha sem medo. Concluí através de um instituto de pesquisa, o (SIPP), que o medo é extremamente bom. Verifiquei também que quando não tenho medo,  cometo as maiores idiotices do universo, colocando a minha própria cabeça no fio da navalha. Acho que os operários da fantástica fábrica estavam de greve e pararam de produzir a adrenalina e o cortisol. Depois desse meio tempo, analisando os dados, observei que os estragos gerados pela falta dessa substância poderiam ser catastróficos, mas, em negociação com os colaboradores, chegamos a um denominador comum, e eles decidiram produzir, normalmente, quanta adrenalina e cortisol for necessário para manter a minha vida sã e a vida das pessoas que amo, protegida.

terça-feira, 26 de abril de 2011

HiBRiDaMeNTe iNFiNiTa

Nascera ávida
de paixões.
de questões.
Não cabia em si mesma.
Nunca.
Queria sempre mais.
Mais de tudo.
Mais um pouco do tanto que tivera.
Havia sempre desejo.
E havia-se algemada ao medo.
Um temor no melaço dos olhos,
uns olhos piscantes em cílios com pouco nexo.
Insano.
Não sabia o que fazer.
A avidez da sua querência
a despertava todos os dias com certezas indiferentes,
com incertezas diferentes.
Dormia assim.
Acordava assado.
Hibridamente infinita.
E enquanto isso,
suas crises fritavam suas convicções,
dilaceravam suas decisões
e tornavam flutuantes as mentiras que contava pra si mesma.
Toda noite,
antes de dormir.
Pra dormir.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Acampamento da Família 2011

Yes!
Estamos na 13° edição do Acampamento da Família. Uma reunião maravilhosa, onde os nossos parentes de todo o Brasil se reúnem... E acontecem tantas coisas.. E é tão maravilhoso.. As crianças ficam excitadíssimas, e nós, um bando de primos na casa dos trinta, viramos as crianças de novo! Os patriarcas metem a mão no bolso e patrocinam nossas vontades, fazemos camisetas, bonés, compramos brindes, programamos gincanas, ensaiamos as canções e ufa.. chegou o dia de ir...
Semana que vem eu posto as fotos.. que serão muuuuuitas!!!!
Um grande beijooo e lindo feriadão!
Ah! Esse é o tema desse ano:

sábado, 16 de abril de 2011

Da ViDa FuNeSTa

Quase nada nessa vida é pra sempre. Ouso corrigir e dizer que nada é!
Quando parei com olhar perdido no tempo, pensando em algo que fosse pra sempre, demorei-me demais.. E não há mais tempo a perder.. A vida é funesta, e com brevidade imbecil traz as mazelas, as doenças, o desencanto.. Por isso vale viver o momento, por isso vale amar de todas as formas e com toda intensidade! Por isso vale se permitir e  verbalizar o amor! Valem, por isso, todos os encontros e também os desencontros, todos os passos em falso, todo deslize, toda  reação conflitante! Por isso valem as frases, os desenhos, as canções com letras trocadas e todas as risadas. O pra sempre é tão somente o que grudou na memória dos dedos, é o cheiro que ficou nas terminações nervosas dos lábios, é o toque que a retina sentiu. O pra sempre é o som do sorriso, do gemido, do encanto... O pra sempre não reside no 'se', mas no  exato instante do medo, quando o prazer do contato é de uma intensidade tal, que em circunstâncias favoráveis, haveria sequer, fagulhas da famigerada emoção. O pra sempre é o momento que se permitiu!!!

domingo, 3 de abril de 2011

CaiXa PReTa


E fatalmente vai-se instalando aquele pesar.. Uns olhos grandes e baixos, indispostos a olhar outros olhos, nos olhos. Incrédulos, pouco sorridentes, acreditando piamente que o relatório da alma está tatuado na retina... O que de fato, não é lá uma grande mentira, tendo em vista que a alma se debruça, se lança no parapeito da janela dos olhos, e se revela... Sorte dela que nem tanta gente assim presta atenção no que diz a alma da gente. As gentes preferem as suaves mentiras que a boca diz insossamente, preferem a quase verdade dos beijos gelados, preferem os sorrisos impessoais e os abraços sem métrica para cumprir a função social dos desencontros. Sorte da alma, pois nem todo mundo sabe ler a sua fala e no meio da tempestuosa enxurrada de pensamentos, a alma se esconde, minguando-se em si mesma, como se fosse outra alma dentro da própria alma, uma caixa preta de alma, que felizmente está blindada, indisponível, até que haja o incidente fatal, a explosão, a queda, para que ela seja encontrada, aberta, investigada, dolorosamente exposta e finalmente, banida!

sábado, 2 de abril de 2011

No eSPeLHo

Eu nunca havia sentido esse medo... Um medo indeciso, uma ansiedade por não saber como me mover, uma insegurança por não saber se devia me ater mais um instante naquele olhar. Eu não sabia como seria a cor desse dia e não imaginava que ele me traria a ansiedade dos desejos de ontem. Eu, sinceramente, não esperava que ele me trouxesse esses torpes anseios e apesar de decidir omitir os sabores e odores, eles me absorveram! Quando o som da voz penetrou nos ouvidos, a retina revelou em movimentos espelhados, o profundo dos olhos onde minha imagem estivera encadeada e refletida de maneira ofegante, olhando-me a mim mesma, redundante e repetidamente, pleonasticamente viciante.  ... E por mais que estivessem ainda perto, não deveria olhá-los tão profundo. A única coisa que eu não tinha certeza, era como eu olharia hoje, era como eu ouviria hoje, era como eu te sentiria hoje, porque hoje meus olhos te olham diferente, mas todos os outros sentidos te devoram com a voracidade de antes, silentes apenas... e famintos.

sábado, 26 de março de 2011

SenSaÇõeS

E quando se sente aquela suavidade de um afeto que não existiria mais? Aquele gosto de brisa, aquele cheiro de mar! E quando a memória da boca sente a saudade do beijo, do sabor e das digitais do lábio? Sim! Aqueles lábios tinham digitais! E quando o olhar se perde no meio do dia, sem nexo, perplexo, editando imagens, esmorecendo, captando em altas voltagens os suores dos corpos reféns ? Choques espasmódicos, encontro, conjunção, colisão, atração! Sensações.. Impressões convertidas em idéias.. idéias nos nervos, tendões, papilas e poros!

terça-feira, 22 de março de 2011

ExCoMuNGaÇão

E o que dizer das densas lacunas que transformam a alma depois que o corpo lhe brinda com toda sorte de coquetéis, orgias e satisfações múltiplas de desejos impublicáveis? E o que dizer do oco que se ocupa da alma e cresce em progressão geométrica, reverberando em imagens slow motion cada infame suspiro de glória obtido ilicitamente nas surdas alcovas?
E o que dizer?
O que dizer?
Dizer da alma que não se farta, que não vislumbra limites, que não pondera razões, que põe em cheque alianças de sangue, de carne, de alma? Que se entrega aos seus próprios prazeres, que não vê outra alma além de si mesma e que se delicia na morbidez das suas epifanias?
E o que dizer dessa alma?
Bastarda!
Infame!
Inglore!

segunda-feira, 21 de março de 2011

DeSaNCoRaDo


E o que fazer quando o coral do bom senso canta melodiosamente a canção do “Não”? Os ouvidos adestrados até apreciam a sinfonia, ela desce ao coração e lá chega pesada como uma âncora, que tenta desesperadamente impedir o avanço sem rumo de um navio louco. Mas ele não para! Segue insano em desafinação, mistura os acordes, desafia as escalas, faz seus desenhos nas águas, maculando  a canção.

terça-feira, 15 de março de 2011

aNiMaiS

E como se quisesse bem pouco escapar, a presa deixara-se abater.
Insuficiente debate!
Nenhuma relutância!
Insignificante oposição!
E como a força por meio da qual um corpo reage contra a ação de outro corpo estivesse inerte, a resistência era no campo da mente. E permitia-se, enquanto a mente perdia tempo em debate nulo com a intenção, que seu corpo fosse devorado, administrando espamos de dor e prazer e o terror de ser a presa das suas próprias armadilhas e paixões.
Acordara com dores desconhecidas naquela manhã.
Dores de alma.
Mas o corpo desejava novamente ser a presa, 
ignorando completamente a iminência da morte!
Quanta insanidade cometem esses animais!
Quanta inconseqüência!

aNiMaiS

E como se quisesse bem pouco escapar, a presa deixara-se abater.
Insuficiente debate!
Nenhuma relutância!
Insignificante oposição!
E como a força por meio da qual um corpo reage contra a ação de outro corpo estivesse inerte, a resistência era no campo da mente. E permitia-se, enquanto a mente perdia tempo em debate nulo com a intenção, que seu corpo fosse devorado, administrando espasmos de dor e prazer e o terror de ser a presa das suas próprias armadilhas e paixões.
Acordara com dores desconhecidas naquela manhã.
Dores de alma.
Mas o corpo desejava novamente ser a presa,
ignorando completamente a iminência da morte!
Quanta insanidade cometem esses animais!
Quanta inconsequência!


sexta-feira, 11 de março de 2011

CarpediaR

Riscos e caprichos
a insensatez de reviver paixões juvenis
a adrenalina cumprindo a função da manutenção da vida
e os artistas no palco
realizando seus espetáculos
de dor, de sabor, 
de humor, de amor.
Uns com máscaras, outros sem
Uns tantos pintados, 
alguns desfigurados
embevecidos pelas extasiantes sensações, 
que de velhas, são novas
Quase envergonhados 
pelos papéis que se prestam
absortos pela mágica da vida, 
pelo calor do momento.
Dispostos ...
Descrentes ...
Conscientes de que 
das paixões inflamadas 
É quase impossível fugir
E mesmo se não fosse impossível,
tão raros são os que as queiram evitar!
Ao contrário, as desejam.
Desejam como gotas de vida em mortos mares.
É o 'carpe diem'... do meu verbo Carpediar...

terça-feira, 8 de março de 2011

BiCHo No MaTo

Entre risadinhas infantis
cigarras e lagartas do mato
entre a grama molhada, a terra barrenta,
as formigas gigantes e a canção de tantos bichos,
embolam-se, caracoleadamente,
as turvas imagens
os suaves desejos.
Nas copas das árvores, suspensas,
jazem ardentes as aflições.
Na cadência do vento da rede
os beijos de brisa;
Afetos dados e desejados
Proibidos e disfarçados
Negados e concedidos 
Reverberação em lances boiantes, a la bella luna!
E tão logo a chuva se esvai
clareiam-se os melhores instantes
quando odores, beijos, semblantes e trato
giram como eco em uma mente vagante
num clarividente espetáculo vicioso.

terça-feira, 1 de março de 2011

aBiSMo

Aquela imagem não era a mesma da mulher que vira segundos antes refletida no espelho. Segundos que duraram milênios. Não se reconhecia. E se admirava daquilo. Achava instigante ser uma outra. Era outra, nela mesma. Tinha as mesmas bondades da outra, porém, um maldade ensandecida latejando nas veias. Quando se olhava nos vidros das janelas, via-se diferente e por mais que soubesse que aquilo não lhe faria bem, avançava.  Avançava decidida, tal qual vacas marcham rumo ao seu mórbido e saboroso destino. E todos os sentimentos de remorso que insistiam em despertar, eram sucumbidos por um outro indigno, que sufocava as razões e esfriava qualquer paixão pela vida, por suas rotinas e por sua intolerável monotonia. Lançou-se. De peito aberto naquele abismo, nada infinito, mas abismo. E não morreu! Pasme! Ela não morreu afogada no abismo de suas insanas (outras) paixões!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pra o inferno as 'relações perfeitas'.
Elas, ao fim, inexistem.
São frutos podres de sonhos mofados.
Amorosas,  profissionais
ou  de espécies quaisquer
há sempre uma mancha 
há sempre mentira.
Interesses lançados a sorte
Um jogo mórbido entre o fraco e forte.
sobre ser fraco ou forte,
...isso é tão subjetivo...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

I will be TITIA, again.

Serei titia novamente. Dessa vez, de uma Nicolle... Aproveito para postar uma foto da minha linda irmã e para dizer publicamente o quanto a amo e o quanto ela é importante pra mim. Se tem uma pessoa que sei que posso contar, é ela. Trabalhadora, guerreira, meio bruta, mas isso está no sangue. Sei que ela fez coisas por mim que não se tem como pagar... e sei mesmo. E também quero que dizer que amo os sobrinhos que você me deu e os outros tantos que me dará. I Love You, Maninha Rock.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ah, Daniela!

Ah! Se acontecesse de fato
Tudo aquilo que ela indaga!!!
Ah! Se os personagens do conto
sentissem mesmo os arrepios que ela supõe!!!
Seria uma história de lilases
de sons entorpecidos...
Uma mistura de vida e morte.
Um baile de corpos sem dono.
O atestado débil
de um conto não anônimo.
....Ah, quem dera fosse!!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ela

É como se estivesse magnetizada.
E de alguma forma estava presa. 
Sabia disso. 
Atraída por aquelas mãos que, de tanto olhar, 
sabia o desenho pormenorizado. 
A espessura dos dedos, o formato das unhas...
Não poderia ater-se aos olhos, era perigoso demais. 
E tinha medo. 
Media as palavras para não deixar escapar os desejos insanos
que lhe sacudiam a mente.
  E num movimento infinito, 
degustava o torpor do perfume que marcava cada toque
inesperadamente calculado.
Podia sentir o gosto daquela pele e o frescor dos pelos finos, 
podia quase contá-los, jamais encontrá-los. 
Desfrutava a plenitude de cada instante naquela paisagem, 
paisagem que a afetava profunda e instantaneamente.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

fora colocada ali
naquele vão hiper lotado de idéias
aquela imagem
congelada, suspensa, perfeita
pouco inanimada
e por mais que eu desce voltas desenhando rotas de fuga
cada labirinto me fazia fixar a cor, a textura, 
as formas daquele odor,
que me assaltada avassaladoramente.
e como ela me atraia...(!) eletrostaticamente.
e como eu a desejava... (!) gravitacionalmente.
ela me sugava... (!) centripetamente
mas não o suficiente!
não o bastante para me tragar para dentro de si.
... Era lá onde desejava me fixar.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Tudo de NoVo.

 E começa de verdade o ano.. Assim.. Não que não tivesse começado, mas o início das aulas é um divisor de águas... É a parte boa e a parte trabalhosa do ano. É sempre assim. E eu, começo a descer a ladeira do meu curso de Direito. Não vejo a hora de pegar meu diploma e tirar cópias para entregar carinhosamente a cada parente, familiar ou até mesmo um reles amigo que durante esses anos todos, me encheu o saquinho perguntando quando eu iria terminar meu curso, ou se não iria me formar nunca! Para não negar a mim mesma, faltarei no primeiro dia, e no segundo e... quem me conhece sabe o resto! Feliz Ano Novo letivo! Blehhhh!!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Nheimmm??

Estou dando as caras por aqui: http://qsedanne.blogspot.com/ !
Aparece lá.
Beijuuu!

sábado, 22 de janeiro de 2011

32

Hoje eu completo 32 anos.
Sabe que quando eu era pequena, achava que quem tinha 32 anos era velho. Hoje, descobri que não. Quem tem 32 anos, definitivamente não é velho! Já tenho muita coisa pra contar sabe, já vivenciei extremos e ... tanta coisa boa aconteceu, tanta coisa ruim também, algumas coisas, realmente, não precisavam ter acontecido, outras, foram extremamente necessárias para o meu amadurecimento, e num conjunto, todas elas me fizeram a pessoa que sou hoje. 
De todos os sentimentos que sinto agora, o maior deles é a gratidão a Deus. Ao longo dessa trajetória, tenho visto a mão de Deus em cada passo meu, pra me proteger e para me ensinar, as vezes saio debaixo da sua sombra, e me queimo, e sinto as marcas que isso me causa, mas amadureço e entendo que Deus tem cuidado de mim. Tenho ao meu lado a preciosa família, que é sempre muito especial, que, haja o que houver, é a minha família e que estará lá quando eu precisar. Ou mesmo sem precisão!!!
Sou muito grata pelos amigos, pela paz, pela fé que tenho e pela saúde. Tudo isso vem de Deus.
E hoje, quero louvá-Lo por tudo que sou. Mas o que mais quero ser, é um instrumento nas mãos de Deus!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

FeLiZ ViNTeoNZe

Tá bom. Eu sei. E peço perdão. O Blog está lançado às traças, né Keylon? Eu sei, nunca mais escrevi nada e nem tenho o que escrever. Acredito, apesar de Daniela me pedir que não, que o blog já viveu, ou sobreviveu, o bastante, e temo que tenha que me despedir, mesmo que seja por um tempo. Não adianta forçar a barra quando as palavras fogem, quando as letras se escondem, quando as composições de decompõem diante dos pensamentos estéreis. O que tenho hoje a dizer é FeLiZ ViNTeoNZe, e que fico feliz da vida por não ter prometido nada em ViNTeDeZ e por ter realizado tantas coisas. Repito a promessa de não prometer, e reafirmo comigo mesma o compromisso de ser uma pessoa beeeeimmmm melhor. Eu preciso. É um alvo. Evoluir. E se eu alcançar esse alvo, estarei bem feliz.
Aproveito pra avisar que lançarei outro blog, com minha prima Daniela, o provável nome é .. Vixi, sisqueci. Mas divulgarei aqui, e espero vocês lá. 

Meus zilhões de leitores,  
LuV YaH!