E fique. Fixe-se nas idéias idiotas de que não era mesmo um pedaço que fosse. Porque nem isso era. E cá agora, entre tantos semi fins, disparo pensando no que era e pra que fim existira nessa realidade insólita. Fique assim, nua. Da mesma forma que chegou. Um tanto quanto mais nua. Despida em verdades inteiras. Fixe-se mais, importando-se tanto e se esquecendo um pouco mais. Afinal, pra que lembrar de quem esquece de si, Deixando-se mais ainda por aquilo que num minuto, apraz? Compraz? O que lhe aprazia não era bem o prazer do algoz De oco e vazio. De um pedaço e sem mais. Não era mesmo de se admirar. Era um fix que não fixava. Foi um fique que nunca ficava. E pior que ficava, sem fix, atava. Ficava livre e livre ficava. Impregnava. De um modo quase atroz. Fazendo da alheia vida um solitário desejo de ter, ser e ficar. Ludibriando covardemente o brutal desejo de se ser o que não se era, de haver o que não houvera e de perder-se, conscientemente, em nome dessa suave quimera.
"PoLiTiCaMeNTe iNCoRReTa!!"