"PoLiTiCaMeNTe iNCoRReTa!!"

domingo, 11 de dezembro de 2011

A BíBLia

Hoje é dia da bíblia. De todos os livros que já li e que pretendo ler, a bíblia certamente é e será o mais belo. A despeito de tudo que falam sobre suas histórias e de suas contradições milenares, a palavra da salvação, da cruz, o evangelho puro, simples e genuíno, fez de mim uma pessoa melhor que certamente eu seria se jamais o tivesse conhecido. Agradeço por ter permitido que eu conhecesse Jesus através dos evangelhos e por ter me ensinado tantas coisas sobre caráter, sobre como proceder, sobre como viver bem e em paz. A bíblia é para mim preciosa, e independente de quaisquer fatores da minha vida, ela terá crédito. Sempre. Nunca esqueço uma história contada por um antigo amigo, Josué Vilela, que na ocasião era meu líder num grupo de louvor, e contava que estava curiando os hábitos de sua vó. Ele estava em seu quarto e a vovó na sala lendo a bíblia, como fazia toda noite. Josué olhou pela fechadura da porta e viu ela terminar a sua leitura... Ela fechou a bíblia, acariciou sua capa, abraçou-a com força contra o peito e beijou, dizendo: - Minha bíblia, minha biblinha... Essa história me marcou, e eu jamais a esquecerei. Deve ter no mínimo 17 anos que eu a escutei, e a face dessa senhora, que eu não me lembro mais, não sai da minha cabeça... apaixonada, agradecida e encantada com a bíblia. Só quem conversou com a bíblia e teve momentos de intimidade com ela conhece seu valor. Isso é loucura para quem é cético e considera a bíblia um livro tosco e inútil, mas pra quem teve a doce experiência de conhecer Jesus e toda a sua verdade através dela, é o livro mais precioso que pode se ter em mãos... Obrigada pela bíblia, Senhor. Obrigada.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PoSTuMiDaDeS

O relógio marcava 10:14. Hora exata em que ficaria mais velha. E como se apertasse um botão de turbo, tomou decisões pra vida inteira. Os 23 anos passados, no passado ficaram instantaneamente, aquela de 10:15, já era outra. E decidiu uma série de obscuridades sobre si mesma, sobre as pessoas ao seu redor e sobre a forma marmorizada que daqui pra frente, levaria a vida. Decidiu de súbito suspender a doçura, aquele afeto que dispensava às pessoas, daria lugar à indiferença, era tudo que podia fazer para preservar-se do sofrimento que outrora a abatera. Não mais canções de amor, de afeto ou amizade, não mais o torpor de viver as grandes paixões como se fossem únicas, descobrira que não eram, e que a cada esquina, uma paixão a aguardava. Sentia-se enganada por ter reservado tanto bem querer pra uma ou duas pessoas apenas. Não era mais necessário. Não era assim que ela viveria agora. Aquelas músicas com letras marcantes e ritmo sincopado, cheias de sincronia com a vida e com as almas que amara, não mais seriam trilhas sonoras... dos momentos, dos sorrisos, de cada instante. Sim, sua vida era permeada pela musicalidade... Uma nota em cada emoção que, avassaladoramente, incendiava suas paixões. Decretara agora um silêncio fúnebre, gélido e ameaçador. De 10:15 em diante, não haveria tantos gestos de amor, não haveria aquela admiração e as frivolidades românticas que permearam seu dia a dia. Metamorficamente, implodiu o eu lírico, erguendo num ímpeto de força e senhorio de si, uma verdade irrefutável, pensada dentro dela, crida por ela e executada sem autocomiseração. E nasce as 10:15 uma outra mulher... Pálida, fria, desgastada de tanta emoção. Morre dentro dela uma dinastia de tantas paixões, entrega, abnegação. Há quem prefira aquela de 10:13 para trás, mas a dona das preferências mudara o tom, e não mais seria dominada pelos seus próprio ais.