"PoLiTiCaMeNTe iNCoRReTa!!"

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ypê



A minha estrada está cheia de Ypês
Lindas floradas...

Mais roxos que amarelos
Ladeando meu caminho
Florindo,
vencendo as secas e rompendo os espinhos
.
Imagem: Google

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

CHuVa


Ah...
Nesses tempos de estiagem em Brasília,

Meu deu saudade de ver os pingos de chuva rolando compassadamente nos vidros das minhas janelas..
É...
Aquela chuvinha que reclamo tanto
Que me deixa doente da garganta
Que faz a sinusite atacar..

Sim..

Essa chuvinha.

A poeira, nesse tempo em Brasília,

Parece que entra até no coração da gente e entra até no coração de quem nem está em Brasília.
Passa pelo nariz, resseca os lábios, acinzenta as pernas
e pára lá, no coração.

E.. Já viram coração empoeirado?
Já sentiram.
Sei que já!
É assim
Expele a mesma poeira que aspira!
Engraçado...
Um chuvinha mudaria a paisagem.
Trocaria a roupagem.

Chuva...

Pra hidratar nossas peles
Quiçá nossas almas
Pra fazer subir aquele cheiro bom de terra molhada
De esperança

De gente que ainda tem fé na herança de Deus.
Dá até vontade de pedir perdão pra chuva

Pra ver se ela volta a chover.
Perdão chuva.

Volte a molhar.

Volte a regar nossas terras

A florir nossos ipês

A verdejar nossos jardins,
Volte a molhar nossas almas,
refrescar as ideias

dissipar a poeira.
Volte a molhar nossas eiras.
imagem: olhares.com

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

aPaRêNCiaS


Na contra mão do sistema
Onde a mão que se estende
é em benefício da outra própria mão,
Vou tentando criar versos
Pra espantar a agonia e desapertar o coração
Puxar pelo pé o sono que foge, que brinca na escuridão.
E cada pensamento que passa, passa correndo
Atropelando qualquer oração.
Cama de prego, cabeça pensante,
Dedo nervoso, má intuição.
Errante num mundo desafinado, mascarado
que em tanto conto, desencanta
E o canto que havia, era de sereia
e de brincadeira.
Uma brincadeira sem graça com a vida e com o coração.
Pra que se fingir de gente?
de vítima da situação?
Uma hora a cera derrete
E quem vai continuar na contra mão?
Cantando que sente e que merece revisão.
Ah! canto maldito, cheio de enganação
Se são mesmos retratos da graça, aonde a graça se perdeu então?
Em qual parte do caminho ela esmoreceu?
Que conversa fiada de 'merece perdão'!
O que não encanta
É a soberba evidente de achar-se ser o que não se é.
De achar-se ter o que não se tem.
De querer convencer por A mais B
que se merece ter o que não quis saber
A soberba maldita de tentar convencer na marra
quem não sucumbe e nem se deixa enganar
por essa patética mania de eloquência banal
Que só convence quem é oco e tem vazio moral!
Intocaveis aparências!!!
à lama com sua subversão!
O oculto aos muitos se revela
E ainda se ostenta a bandeira da impunição.
Inútil...
A canção que se canta aqui,
é da lealdade e compreensão.
Só sendo néscio pra não ver
Que o resultado da banalidade
era mesmo pior que exposição!

Imagem: google