"PoLiTiCaMeNTe iNCoRReTa!!"

domingo, 10 de julho de 2016

LeVe o PeSo de SeR PoeTa

Leve-me as palavras todas
os trocadilhos e poemas.
Leve-me as rimas, até as perfeitas, 
e leve os suspiros, também espasmos e arrepios.
Leve-me o peso do exagero ininterrupto do signo de ar.
Leve-me o desespero exponencial
de viver mordendo - à moda Espanca - como quem beija.
Leve esse ser Poeta

e toda sua sofreguidão e implicações inerentes: exaustão.
Basta de arder infame - inflame - inglório,
Renegado em auges pungentes de pouca paixão. 

Aparta
Um evento, um estranho
um sinistro no ninho
E parta
Com a faca e sem graça:
desexista o caminho
Apaga
Como se a escrita não mostrasse o desenho
da parte que não parte
e arde, e segue sozinha.
É tarde
Bem mais tarde um gemido
um suspiro, um espasmo e carinho.
E parte
Sem lisura, de armadura
sem se deixar sozinho.
Rechaça, foi graça
é mister: Se afasta.
Cada um num caminho só.

domingo, 10 de janeiro de 2016

De CiCLoS em CiCLoS

As mesmas dúvidas
As mesmas charadas
Aflitivamente redecoradas
Astutos ardis das inconstâncias cotidianas
Retumbadas de ciclos em ciclos.
Erros verdes, daqueles acriançados
Platonicamente cândidos.
Erro de vez e o gosto de 'quase pronto'
Interferência, distração
Influencia e contradição.
Na gravidade do maduro jaz a imperfeição
Nos novos e amanhecentes sulcos, contemplação.
Erro contemporâneo
De linha tênue entre a sabotagem e o instinto de preservação
Coragem, orgulho do peito aberto
Desprotegido por optação
De ciclos em ciclos
Erro e erração
Se o palco é meu lugar sagrado
O peito é aberto à visitação.
- Educação!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Do aMoR Que Não ConSeguiA FiCaR CaLaDo

E foi. Tudo era silêncio e os jardins jaziam na frieza das paredes e do concreto, contrato. Nem palavra, nem sorriso, quiçá, o olhar! Não mais o ouvido pousado no peito, insuspeito, imperfeito e completo, Retumbando desgovernado (surdo de samba), No afã de não despertar o mundo.



sábado, 24 de outubro de 2015

SaTuRNo

e como quem sabe roubar seu tempo
venho assim, estabanada
fingindo que nem me entendo, é nada!
eu sei que lá no fundo espero que nada aconteça
de todos os lados
em todos os calos
sem muitos abalos
para que no meu universo caos
eu me encontre sem tanta dificuldade
sem requinte de crueldade
como quem tem na palma da mão a cidade
mas previsível se perde em cada trecho da viagem.

é caos, já disse, "há caos!"
e enquanto não se exaurem os séculos que antecedem o "se aquieta"
observa agitada ainda que pálida estática:
Tudo muda de lugar
e cada um se recoloca aqui de forma peculiar
a lembrança
a presença
o improvável
um looping desgovernado em anéis de saturno
com todas as auroras e rotações de bit acelerado
realinhando as órbitas daqueles mesmos planetas
de caos
de tudo que muda de lugar

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

...Eu Que Não Sei LeR..

Quisera ler-me
Ler-me de forma clara e evidente
Tal leio meus poetas
Numa catarse surreal de entendimento e compreensão mútua
Desprendida de espaço e tempo.
Sou-me outro idioma
Caracteres ininteligíveis
Não entendo
Linguagem obsoleta aquela que falo comigo mesma,

Repetidamente.