"PoLiTiCaMeNTe iNCoRReTa!!"

sábado, 28 de maio de 2011

PoST SeM TíTuLo


Existe gente sem alma. Existe sim. Ou pelo menos gente que neutraliza a alma, porque não é possível. Existe gente que tem a língua afiada, que corta, que machuca. Existe gente que fala pra ferir. Especialmente pra ferir.  Gente que cala pra ferir. Eu ando com um medo assim, medo de ter que ficar assim! As pessoas, invariavelmente, vão machucar, mas.. a gente nunca está acostumado com isso. A gente nunca espera. A gente sou eu! Acontece um machucadinho, a gente quase nem sente dor, acontece outro e mais outro, e quando se vê, a gente se deixou ferir tanto... A gente sou eu! E o que é que vale mesmo a pena? Por quem vale a pena se deixar ferir, levando-se em consideração que feridas, em geral, não matam ninguém? As vezes me sinto um bicho meio estranho.. Acredito  no amor nas suas mais diversas formas, acredito na pureza total do sentimento e das sensações de alegria, paz e leveza que ele traduz, acredito nas pessoas e na aura de luz (nada místico), amor e alegria que enxergo ao redor delas... O que me aflige, desde o começo dessas linhas, é o seguinte: Porque eu tenho que mudar meu modo de ver as pessoas, a beleza delas? Porque tenho que endurecer para não ser alvo fácil? Porque eu tenho que me comportar de maneira pior do que a que realmente eu sou, como se não me importasse? Aviltar-me para me sentir segura e intocável no meio de tanta gente gelada? Porque eu tenho que parar de admirar o ser humano, parar de namorar os sorrisos, o modo de falar, o tamanho dos dedos, a linha da sobrancelha, o contorno das orelhas, o desenho do cabelo, as pintas e marcas do rosto, o formato da unhas, o tamanho dos pés? Por que?  É desleal. Surreal também! A aura que vejo em você nunca desaparece. Venero a beleza de cada pegada deixada nesse caminho. Desfaleço apenas ao sentir que deva deixar de olhá-la... A violência dos olhos e a urgência em agredir o sorriso, o olhar, afasta, aos poucos, os braços prontos pra o abraço.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PeDaÇo

Eu gosto de gente ... Gente que sente, que tem alma, que é viva. Gosto delas porque me vejo nelas.. Gosto de gente que sorri de verdade, com intensidade. Gente que sofre com todas as vísceras e que se entrega, permitindo molhar-se de chuva . Vejo muito de mim nessas pessoas e reconheço nelas, as minhas idiossincrasias. Me encanta quem vive o que prega, quem mergulha de cabeça, quem não mede os outros, quem não se limita. Aprendi, desde muito cedo, a aceitar a vida incondicionalmente. Aprendi a me caber apertada dentro das formas complexas que ela me dava. Era assim que ela se apresentava pra mim. Eu a recebia feliz, como um corpo, em amor, recebe outro. Me apego as pessoas que transitam nos meus caminhos e, nos meus espelhos, vejo apenas um transeunte desimportante. Em cada reflexo, uma sombra do nada, e ao longe, as pessoas. Em cada estirão de estrada, um vácuo de gente querida que passa e segue, sem olhar para trás, esquecendo desse ninguém que, ao longe, se apequena sozinho. Nunca esperei da vida nada especial, porque especial pra mim, era estar de perto de quem me fazia sentir viva, e a coroação das minhas histórias se davam no exato momento em que eu conseguia fazer qualquer um daqueles que eram queridos, sorrir e viver. Uma missão subliminar de fazer as pessoas se sentirem especiais... Tão subliminar que se sublimava em si. Inútil. Insossa. Dispensável. Na maioria das vezes as pessoas especiais aconteceram sem que eu procurasse por elas, e ao longo da trajetória, tatuei como presentes luminosos, cada instante que me deram. Guardei os perfumes, guardei as histórias, guardei os sorrisos, os suspiros, os espasmos, guardei os encontros, os desencontros, guardei o gosto, guardei os arrepios, as dores, guardei os amores. E cá estou eu. Cheia de marcas! Marcas de gente. E quem é que sente? Dores que não doem em mais ninguém. Quem me sente? Tudo é muito mais amplo do que se realmente fosse grande. Uma pessoa entre aspas.. Uma incompletude sem fim... Uma coisa inacabada quase caindo em danação, difamada e esquecida pelas suas próprias divagações...

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães

Parece que a palavra MÃE já vem recheada de todos essas carinhosidades e amorosidades que a gente tenta dizer e não consegue! A gente pensa em mãe, e é tanta coisa boa e linda que vem a cabeça. Pois a minha mãe merece um post. Sim. Tenho por minha mãe uma admiração indizível. Ela não é só uma mãe. É uma grande amiga, companheira e cúmplice.. É .. Ela é dessas mãezinhas pra frente sabe, descolada, moderninha. Vive zapeando no orkut e editando fotinhas corujas pra mandar prazamigas nos scraps animados. Ao longo de toda minha vida, vi como uma mulher pode ser leve, mesmo diante de todas as atrocidades que a vida pode interpor no caminho dela. Minha é dessas. Sempre carregou uma paz e uma leveza quase infantil, por onde passasse. O tempo parece que foi bem camarada com ela, pois cada vez que a vejo, vejo a mesma jovialidade que via quando tinha 7 anos de idade. Ela já trabalhou muito, ralou mesmo. Mamãe vendia marmitas na feira pra pagar minha faculdade, ensinou a gente a bordar panos de prato e fazia questão de participar dos nossos momentos. Aliás, ela faz isso até hoje. Mamãe sempre desafiou o mundo com um sorriso de vencedor. Ela não gritava, como eu grito, para conseguir o queria, ela encontrava nas suas maneiras suaves de conquistar tudo que desejava. Mãe, a senhora é uma guerreira. Um exemplo de vida, amor e paixão pela vida. Obrigada pelo carinho dispensado a nós todos nesses anos, e que a felicidade que a senhora desfruta hoje, seja sempre acrescida, e que eu possa, de alguma maneira, retribuir toda essa dedicação.

Te amo muito.

terça-feira, 3 de maio de 2011

MaiS Do MeSMo

A mesma.

Assim era a mesma vida dela.

Hoje, mais mesma que nunca.

Nunca tanto, a mesma.

E não era ruim.

Era suavemente a mesma.

Sem traumas.

Sem angústias.

E de tanto correr

cansara.

E sorrira pensando em si.

Na pessoa bela que morava lá dentro.

Na amante inconseqüente.

Na amiga e confidente.

Na veia intensa, na sua urgência.

Esvaziava-se em si e de si.

E em si, encontrara as maiores delícias da vida.

Como sempre.

domingo, 1 de maio de 2011

SoBRe o MeDo

Acredito que o medo seja o sentimento, evolutivamente falando, mais primário da história do homem. Mais primário até que o amor. No sentido de preservação da vida e possibilidade de transmissão de seus genes, o medo, certamente, é detentor do papel mais fundamental da vida: o de sobreviver. E por alguns momentos da vida, a gente se acha sem medo. Concluí através de um instituto de pesquisa, o (SIPP), que o medo é extremamente bom. Verifiquei também que quando não tenho medo,  cometo as maiores idiotices do universo, colocando a minha própria cabeça no fio da navalha. Acho que os operários da fantástica fábrica estavam de greve e pararam de produzir a adrenalina e o cortisol. Depois desse meio tempo, analisando os dados, observei que os estragos gerados pela falta dessa substância poderiam ser catastróficos, mas, em negociação com os colaboradores, chegamos a um denominador comum, e eles decidiram produzir, normalmente, quanta adrenalina e cortisol for necessário para manter a minha vida sã e a vida das pessoas que amo, protegida.