"PoLiTiCaMeNTe iNCoRReTa!!"

terça-feira, 26 de abril de 2011

HiBRiDaMeNTe iNFiNiTa

Nascera ávida
de paixões.
de questões.
Não cabia em si mesma.
Nunca.
Queria sempre mais.
Mais de tudo.
Mais um pouco do tanto que tivera.
Havia sempre desejo.
E havia-se algemada ao medo.
Um temor no melaço dos olhos,
uns olhos piscantes em cílios com pouco nexo.
Insano.
Não sabia o que fazer.
A avidez da sua querência
a despertava todos os dias com certezas indiferentes,
com incertezas diferentes.
Dormia assim.
Acordava assado.
Hibridamente infinita.
E enquanto isso,
suas crises fritavam suas convicções,
dilaceravam suas decisões
e tornavam flutuantes as mentiras que contava pra si mesma.
Toda noite,
antes de dormir.
Pra dormir.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Acampamento da Família 2011

Yes!
Estamos na 13° edição do Acampamento da Família. Uma reunião maravilhosa, onde os nossos parentes de todo o Brasil se reúnem... E acontecem tantas coisas.. E é tão maravilhoso.. As crianças ficam excitadíssimas, e nós, um bando de primos na casa dos trinta, viramos as crianças de novo! Os patriarcas metem a mão no bolso e patrocinam nossas vontades, fazemos camisetas, bonés, compramos brindes, programamos gincanas, ensaiamos as canções e ufa.. chegou o dia de ir...
Semana que vem eu posto as fotos.. que serão muuuuuitas!!!!
Um grande beijooo e lindo feriadão!
Ah! Esse é o tema desse ano:

sábado, 16 de abril de 2011

Da ViDa FuNeSTa

Quase nada nessa vida é pra sempre. Ouso corrigir e dizer que nada é!
Quando parei com olhar perdido no tempo, pensando em algo que fosse pra sempre, demorei-me demais.. E não há mais tempo a perder.. A vida é funesta, e com brevidade imbecil traz as mazelas, as doenças, o desencanto.. Por isso vale viver o momento, por isso vale amar de todas as formas e com toda intensidade! Por isso vale se permitir e  verbalizar o amor! Valem, por isso, todos os encontros e também os desencontros, todos os passos em falso, todo deslize, toda  reação conflitante! Por isso valem as frases, os desenhos, as canções com letras trocadas e todas as risadas. O pra sempre é tão somente o que grudou na memória dos dedos, é o cheiro que ficou nas terminações nervosas dos lábios, é o toque que a retina sentiu. O pra sempre é o som do sorriso, do gemido, do encanto... O pra sempre não reside no 'se', mas no  exato instante do medo, quando o prazer do contato é de uma intensidade tal, que em circunstâncias favoráveis, haveria sequer, fagulhas da famigerada emoção. O pra sempre é o momento que se permitiu!!!

domingo, 3 de abril de 2011

CaiXa PReTa


E fatalmente vai-se instalando aquele pesar.. Uns olhos grandes e baixos, indispostos a olhar outros olhos, nos olhos. Incrédulos, pouco sorridentes, acreditando piamente que o relatório da alma está tatuado na retina... O que de fato, não é lá uma grande mentira, tendo em vista que a alma se debruça, se lança no parapeito da janela dos olhos, e se revela... Sorte dela que nem tanta gente assim presta atenção no que diz a alma da gente. As gentes preferem as suaves mentiras que a boca diz insossamente, preferem a quase verdade dos beijos gelados, preferem os sorrisos impessoais e os abraços sem métrica para cumprir a função social dos desencontros. Sorte da alma, pois nem todo mundo sabe ler a sua fala e no meio da tempestuosa enxurrada de pensamentos, a alma se esconde, minguando-se em si mesma, como se fosse outra alma dentro da própria alma, uma caixa preta de alma, que felizmente está blindada, indisponível, até que haja o incidente fatal, a explosão, a queda, para que ela seja encontrada, aberta, investigada, dolorosamente exposta e finalmente, banida!

sábado, 2 de abril de 2011

No eSPeLHo

Eu nunca havia sentido esse medo... Um medo indeciso, uma ansiedade por não saber como me mover, uma insegurança por não saber se devia me ater mais um instante naquele olhar. Eu não sabia como seria a cor desse dia e não imaginava que ele me traria a ansiedade dos desejos de ontem. Eu, sinceramente, não esperava que ele me trouxesse esses torpes anseios e apesar de decidir omitir os sabores e odores, eles me absorveram! Quando o som da voz penetrou nos ouvidos, a retina revelou em movimentos espelhados, o profundo dos olhos onde minha imagem estivera encadeada e refletida de maneira ofegante, olhando-me a mim mesma, redundante e repetidamente, pleonasticamente viciante.  ... E por mais que estivessem ainda perto, não deveria olhá-los tão profundo. A única coisa que eu não tinha certeza, era como eu olharia hoje, era como eu ouviria hoje, era como eu te sentiria hoje, porque hoje meus olhos te olham diferente, mas todos os outros sentidos te devoram com a voracidade de antes, silentes apenas... e famintos.