Parecidos com ela, resmugando sem osso,
latindo sem casa, vagando sem dono.
Pior que ela nem tem manias insones..
Fumar, comer, ver TV,
sequer ler.
A noite era pra dormir.
Vai lá.. Quando ela tinha marido, até que dava pra suportar.
Quem sabe uma xícara desses tais chás calmantes ou broxantes, vá desviá-la da perplexidade noturna,
Das cantigas de grilo que sequer incomodam,
Do avesso do dia,
da obscura melodia.
Pra que foi deixar de fumar?
Falar sozinha pode resolver..
Quem sabe escrever?
Nem a caneta se sabe onde está..
Ah!! Deixa pra lá.
Ela insiste em deitar.
Os cães pararam de latir.
A cidade parece dormir.
Só não parou, o peito da dona,
vadio a gritar, pulsando desejos imundos
ao espionar o travesti da esquina,
nesse muro nojento
com seu corpo errante e peitos gigantes,
na subversiva emoção, da apodrecida dor de se dar.
Sabia ela, que da sua janela
um mundo fétido e surdo acordado estaria.
mas cansara de apenas olhar as mazelas.
O submundo promíscuo,de longe, não mais a distraía...
Ela ansiava dele fazer parte.
E daí, maldita insônia,
Vá outra dona de casa atormentar!!!!
Prostitutas e travecos desse submundo imundo, lá vai ela..
Ganhar sua noite de sono,
disputando com siliconados disformes
os trocos, gorjetas e uns poucos donos!
latindo sem casa, vagando sem dono.
Pior que ela nem tem manias insones..
Fumar, comer, ver TV,
sequer ler.
A noite era pra dormir.
Vai lá.. Quando ela tinha marido, até que dava pra suportar.
Quem sabe uma xícara desses tais chás calmantes ou broxantes, vá desviá-la da perplexidade noturna,
Das cantigas de grilo que sequer incomodam,
Do avesso do dia,
da obscura melodia.
Pra que foi deixar de fumar?
Falar sozinha pode resolver..
Quem sabe escrever?
Nem a caneta se sabe onde está..
Ah!! Deixa pra lá.
Ela insiste em deitar.
Os cães pararam de latir.
A cidade parece dormir.
Só não parou, o peito da dona,
vadio a gritar, pulsando desejos imundos
ao espionar o travesti da esquina,
nesse muro nojento
com seu corpo errante e peitos gigantes,
na subversiva emoção, da apodrecida dor de se dar.
Sabia ela, que da sua janela
um mundo fétido e surdo acordado estaria.
mas cansara de apenas olhar as mazelas.
O submundo promíscuo,de longe, não mais a distraía...
Ela ansiava dele fazer parte.
E daí, maldita insônia,
Vá outra dona de casa atormentar!!!!
Prostitutas e travecos desse submundo imundo, lá vai ela..
Ganhar sua noite de sono,
disputando com siliconados disformes
os trocos, gorjetas e uns poucos donos!
Imagem: Prostitutas lavando-se - sec.XVI
caraca, fabuloso, gostei demais. me lembra um certo bebado... no caso seria a meretriz de anne?
ResponderExcluirEu entrei na sua homepage no "A Cor da Letra" e ainda bem que o fiz...adorei seu texto. Original, muito bem escrito, prendeu minha atenção do princípio ao fim. Parabéns, muito bom mesmo!
ResponderExcluirVolto depois para ler seus outros posts, pois tenho certeza que vou gostar muito, por este último, já valeu por demais.
q triste isso
ResponderExcluirAdar com um texto maravilhoso.
ResponderExcluirmuito boas, mo' gostou muito, da mesma maneira que o blog, obrigado muito...
Grande abraco e bom fim de semana
Muito legal Anne! Tá perfeito... e eu em uma noite de insônia lendo, só posso te dizer que tá demais menina
ResponderExcluirbeijos
Imagino as aflições noturnas dessa meretriz. Inquietações externas da cidade que até resolvem cessar com um tempo e sem nenhum tipo de condição benéfica para si própria; mas, atormentador mesmo é a sua cidade interior e sensual que se atrai ao ver o que há fora dela, pelas janelas e muros à fora...Ufa!!!Que agonia...
ResponderExcluirMuito legal o texto cunhadinha!!!
Bjks
Merece continuar num livro...
ResponderExcluirGostaria de lhe enviar o nosso jornal LITTERA TOUR... Me passaria seu e-mail?