Planto-me em ti
Enraizada!
Nem ventos me arrancam daqui.
Por ti, arraigada.
Vem regar-me
Fazei-te grande!
Suficiente em mim, latente
Para ti apenas, és-me bastante. Pernoita-te em minhas sombras. Descansa-te no meu regaço. Deleita-te nos frutos que aos sussurros me dás
Marca-me à faca e fere-me a casca, bota-me abaixo!
E então já sou tua.
Por dentro e por fora,
misturada a teus odores
E em todos esses tons de pele,
toda a seiva,
sombra e sabor.
Sem saber se cresci em ti
ou se em mim se agigantastes.
E na calmaria dessas relvas verdes
Sopra a brisa que apoeira a terra
Paradoxo deste aclamo gritante
Da voz exaurida clamando teu nome
ao fino som desse vento uivante!
Imagem: google
Enraizada!
Nem ventos me arrancam daqui.
Por ti, arraigada.
Vem regar-me
Fazei-te grande!
Suficiente em mim, latente
Para ti apenas, és-me bastante. Pernoita-te em minhas sombras. Descansa-te no meu regaço. Deleita-te nos frutos que aos sussurros me dás
Marca-me à faca e fere-me a casca, bota-me abaixo!
E então já sou tua.
Por dentro e por fora,
misturada a teus odores
E em todos esses tons de pele,
toda a seiva,
sombra e sabor.
Sem saber se cresci em ti
ou se em mim se agigantastes.
E na calmaria dessas relvas verdes
Sopra a brisa que apoeira a terra
Paradoxo deste aclamo gritante
Da voz exaurida clamando teu nome
ao fino som desse vento uivante!
Imagem: google