
E estamos todos encurralados
Num bloco de nudez e trevas
O ar é rarefeito e denso
Cala nossa voz e disseca a esperança.
Povo caído no esquecimento
Gente com sede de paz
e justiça social
Gente que anda sem razão de viver
Buscando pão,
água, quiçá educação!
Que povo sofrido é esse?
Gente ferida, aguerrida, de mão calejada e espada de enxada?
Gente que luta de sol à sol, se espremendo em lotação
Dilacerado coração.
Esse povo sou eu,
é você, sou você e sou eu
Que avança destemido,
ao desespero e caos da nação.