Quando chega essa hora, quase não caibo em mim...Rodear-me de livros e abri-los alternadamente,um após outro, folheá-los, ler páginas de um,pedaços de outro.Espalho-os todos no sofá preto, pego lápis coloridos,canetas marca texto,réguas para grifar e até máquina de fotografar.Um a um se põe a chamar-me e me sinto uma estória, uma frase em cada lugar.Me misturo no vai e vem de páginas, nos contos, me sinto soneto até crônica virar.Enquanto leio, sou lida, sou capa, sou guarda. Sou a palavra que não se pôde grafar.